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Servidor Público: O alívio temporário do refinanciamento pode virar uma armadilha duradoura. Saiba como o “efeito bola de neve” aprisiona o endividado.

  • Foto do escritor: Yanna Raissa Couto
    Yanna Raissa Couto
  • 5 de nov.
  • 2 min de leitura
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Refinanciar dívidas pode parecer uma solução prática e imediata. Mas, para muitos servidores públicos, esse tipo de operação vira o ponto de partida de um ciclo difícil de interromper,cada novo crédito serve apenas para tapar o buraco do anterior, enquanto o salário vai sendo consumido por parcelas que comprometem o essencial para viver.


Esse fenômeno é conhecido como Superendividamento — e, embora silencioso, afeta milhares de brasileiros com estabilidade financeira, especialmente servidores públicos, aposentados e pensionistas.


O processo costuma começar com um crédito consignado ou um refinanciamento “com troco”. Em seguida, surgem novas ofertas, condições tentadoras e a falsa sensação de controle. Quando se percebe, boa parte da renda está comprometida, e o orçamento já não comporta as despesas básicas do mês.Nessa fase, é comum sentir vergonha ou culpa. Mas o problema, na maioria das vezes, não é falta de responsabilidade — e sim o excesso de crédito fácil oferecido sem análise real da capacidade de pagamento.


Desde 2021, o Código de Defesa do Consumidor passou a oferecer instrumentos mais claros para prevenir e enfrentar o superendividamento. Com a entrada em vigor da Lei nº 14.181/2021, foram criadas medidas que visam proteger o consumidor de forma mais efetiva.


Entre os principais avanços estão:


  • A possibilidade de renegociar todas as dívidas de forma unificada, por meio de um plano judicial viável, com a presença de todos os credores (Art. 104-A do CDC);

  • A proibição do assédio ao crédito, especialmente quando direcionado a pessoas em situação de vulnerabilidade;

  • E a garantia do chamado mínimo existencial, ou seja, o direito de manter recursos suficientes para custear o básico — como moradia, alimentação e transporte.


Essas medidas não servem para anular dívidas, mas sim para oferecer ao consumidor uma alternativa justa e equilibrada de reorganização financeira — sem abrir mão da sua dignidade.


E Agora? Qual o Melhor Caminho?


O primeiro passo é compreender a real dimensão das dívidas. Em muitos casos, o refinanciamento só empurra o problema para frente — e com um custo ainda maior.Para quem já sente que perdeu o controle financeiro, o caminho mais seguro é buscar uma solução legal estruturada, amparada na legislação atual e adaptada à sua realidade.


Se você é Servidor Público e se identificou com essa situação, procure a orientação de um Advogado Especialista em Direito do Consumidor. Ele poderá analisar seu caso, identificar abusos e avaliar a possibilidade de renegociação judicial das dívidas.


 
 
 

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